Onde Trabalhamos

Amazônia

A maior floresta tropical do mundo é peça-chave para o equilíbrio do clima global, para a proteção da biodiversidade e para a qualidade de vida, mesmo de quem vive longe dela.

The bases of large, old growth trees on the lush green forest floor.
Riparian old-growth forest Landscape of a riparian old growth forest near Thorne Bay, Alaska. © Chris Crisman

Não faltam superlativos para se referir à Amazônia: a maior floresta tropical do mundo ocupa uma área de aproximadamente 6 milhões de quilômetros quadrados, distribuídos por nove países da América do Sul. Abriga uma em cada dez espécies conhecidas pela ciência e o maior reservatório de água doce do mundo - só a bacia do Rio Amazonas conta com mais de 10 mil afluentes.

Infelizmente, a Amazônia está nos holofotes em razão das altas taxas de desmatamento e degradação florestal, que são responsáveis por quase a metade das emissões de gases de efeito estufa do Brasil e colocam forte pressão sobre as espécies.

A map of the Emerald Edge.

A Amazônia Brasileira

O Brasil detém a maior porção, 60% do bioma, distribuído por nove estados - Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e parte do Tocantins e Maranhão. Lar de 28 milhões de brasileiros, a região é exuberante também na diversidade de culturas, com mais de 600 mil indígenas de 198 diferentes etnias. A Amazônia é peça-chave para o equilíbrio do clima global, para a proteção da biodiversidade e para a qualidade de vida, mesmo de quem vive longe dela.

Infelizmente, a Amazônia está nos holofotes em razão das altas taxas de desmatamento e degradação florestal, que são responsáveis por quase a metade das emissões de gases de efeito estufa do Brasil e colocam forte pressão sobre as espécies. Cerca de 59 milhões de hectares de florestas primárias foram desmatados nos últimos 36 anos, o que equivale a 23% da Amazônia Legal.

O fato é que a degradação da Amazônia é um dos principais agravantes da crise climática. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, um aumento da temperatura global entre 1,5ºC e 3ºC eleva o risco de a floresta amazônica gradualmente se transformar em savana, perdendo seu potencial de prestar serviços ambientais. E essa mudança traria uma redução de cerca de 40% das chuvas, com efeitos também nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Isso ocorreria porque a combinação entre as mudanças climáticas que já vem ocorrendo, o desmatamento e as queimadas tende a comprometer ainda mais o papel da floresta na absorção de carbono, alterando a dinâmica de transferência da umidade da Amazônia para o restante do continente. Preocupante, não é?

Mudar essa trajetória é fundamental para se evitar o chamado ponto de não retorno (tipping point), quando um ecossistema atinge um estado de degradação irreversível. Conservar a floresta amazônica e os modos de vida de sua população é bom para o Brasil e para o mundo.

 

A TNC Brasil está presente na Amazônia desde o início dos anos 2000, fomentando alternativas de produção que protejam a natureza e possam gerar valor com a floresta em pé, em parceria com produtores rurais, governo local, empresas, povos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas.

TNC Brasil na Amazônia Conheça o trabalho da TNC para conservação da maior floresta tropical do mundo, em parceria com as comunidades locais.

Ajude a conservar a Amazônia

Com o seu apoio, podemos continuar o trabalho para proteger a maior biodiversidade do planeta. Você pode se inscrever para receber mais informações sobre o trabalho da TNC no bioma e compartilhar, e também pode doar para ajudar a impulsionar ações de conservação junto com as comunidades locais.

Como trabalhamos na região?

Na Amazônia, nosso trabalho é focado no Pará com o objetivo de enfrentar os problemas climáticos dentro de uma abordagem de valorização da floresta em pé e das comunidades locais.

  • Por que o Pará?

    Ele representa 14% do território brasileiro. É maior do que o tamanho da França, Alemanha e Reino Unido, juntos. O estado é fundamental para a conservação da Amazônia, porém, é responsável por 40% do desmatamento histórico de todo o bioma amazônico.

  • 76% do Pará é coberto por florestas e mais da metade delas estão em áreas de povos indígenas, quilombolas, extrativistas e outras comunidades tradicionais.

  • Entre as causas do desmatamento estão a expansão insustentável da pecuária, a mineração ilegal, a extração ilegal de madeira, a especulação de terras, a falta de regularização fundiária e ambiental e a fragilidade de medidas de comando e controle.

Eixos de atuação da TNC no Pará:

NCM160412_D129 © © Kevin Arnold

Protagonismo de povos indígenas e comunidades tradicionais na conservação do meio ambiente

Povos indígenas, quilombolas, extrativistas e outras comunidades tradicionais da Amazônia são os maiores conservadores da floresta, dos rios e da biodiversidade do planeta.

Para isso, é fundamental garantir que seus direitos sejam assegurados e respeitados por meio do fortalecimento organizacional, da gestão territorial e ambiental e do desenvolvimento econômico sustentável, a partir da bioeconomia da sociobiodiversidade.  Saiba mais.

BIOECONOMIA . © HAROLDO PALO ALTO

Mecanismos financeiros inovadores

Ao criar novos mecanismos financeiros ou adequar os já existentes, definimos em conjunto com outros atores de que forma chegará o capital para investimento e como ele deverá ser utilizado com base em regras claras e seguras.

Um exemplo deste trabalho da TNC no estado do Pará é a estruturação de um programa de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) e o desenvolvimento do mercado voluntário de carbono, que atendem à demanda por créditos de carbono de empresas, países e indivíduos que se comprometem a reduzir e neutralizar suas emissões de gases de efeito estufa. Saiba mais.

AGROFLORESTAS Rosely Dias, produtora rural de São Félix do Xingu-PA, colhendo cacau na sua propriedade, onde realiza o plantio em sistemas agroflorestais. © © Maíra Erlich

Cadeias produtivas sustentáveis e sistemas agroflorestais na Amazônia

Um dos principais desafios da Amazônia nas áreas privadas, de pequenos a grandes produtores, é o papel da agropecuária. A atividade é um dos principais motores econômicos da região, no entanto, o modelo atual tem comprometido a saúde do solo e a geração de renda para os produtores, além de figurar como um dos vetores de desmatamento. Porém, é possível mudar esse cenário por meio de novos arranjos da cadeia agropecuária, incluindo práticas e tecnologias sustentáveis que aliem a valorização da natureza e da produção.

Um exemplo da atuação da TNC nesta agenda é o projeto Cacau Floresta, no qual fomentamos a recuperação de áreas degradadas em pequenas propriedades, por meio da implementação de sistemas agroflorestais (SAF), tendo o cacau - espécie nativa da Amazônia - como lastro econômico. Saiba mais

BASE COMUNITÁRIA NO TAPAJÓS Comunidades de pescadores para gestão dos recursos pesqueiros. © Daniel Govino

Governança multiatores e políticas públicas

As políticas públicas são fundamentais para solucionar os desafios da Amazônia. Por isso, atuamos junto ao setor público para apoiar a construção de políticas que visam a elaboração de planos nacionais e estaduais e a adaptação e combate às mudanças climáticas.

Trabalhamos de forma colaborativa, apoiando o protagonismo de nossos parceiros públicos e privados na construção e implementação dessas soluções.

Saiba mais.