A confluência das conferências do clima e da biodiversidade das Nações Unidas dão à natureza um destaque inédito

Entre os dias 6 e 20 de novembro de 2020 negociadores de todo o mundo estarão no Egito para a próxima rodada de reuniões das Nações Unidas sobre o clima, a COP27.

Esta é a primeira vez desde Marraquesh (2016) que uma COP sobre o clima é realizada no continente menos responsável pelas históricas emissões de gases do efeito estufa, embora seja o mais vulnerável às consequências dessas emissões. Podemos esperar que as reivindicações das nações emergentes para aumento do financiamento destinado à adaptação ao clima ocupem o topo da agenda em Sharm, uma vez que esses países procuram construir resiliência.

Por causa da pandemia de COVID-19, a Conferência das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica COP15, que deveria ter ocorrido em Kunming, na China, em 2020, será realizada em Montreal no próximo mês de dezembro. O foco aqui será garantir a aprovação para o tão atrasado Quadro Global da Biodiversidade, roteiro compartilhado pela humanidade para retardar e reverter o crescente colapso dos ecossistemas da Terra e caminhar para um mundo positivo para a natureza até 2030.

As crises climática e de biodiversidade estão essencialmente interligadas; a sinergia é tudo, e o que acontecer em Sharm El Sheikh também terá implicações nos resultados de Montreal.