Soy production in Lucas do Rio Verde-Mato Grosso, a municipality in the Brazilian Cerrado.  Brazil.
Soy production Soy production in Lucas do Rio Verde-Mato Grosso, a municipality in the Brazilian Cerrado. Brazil. © Rafael Araujo

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TNC apoia à Moratória da Soja

O acordo é fundamental para a garantia do comércio sustentável não só da cadeia de soja, mas também para todo o setor do agronegócio brasileiro.

A The Nature Conservancy, maior organização de conservação ambiental do mundo, apoia a manutenção da Moratória da soja na Amazônia. Como uma das signatárias desde 2006, a organização tem convicção que  o acordo é fundamental para a garantia do comércio sustentável não só da cadeia de soja, mas também para todo o setor do agronegócio brasileiro pelos aspectos sociais e ambientais envolvidos. Desde sua implantação,  a produção na região registrou um aumento significativo de 1,14 milhões de hectares de área plantada na safra 2006/2007 para 4,7 milhões de ha na safra 2017/2018 em todo o bioma.  Além disso, o Brasil, considerando Amazônia e também o Cerrado, possui mais de 35 milhões de hectares de áreas desmatadas com aptidão agrícola para produção de grãos. Ou seja: é possível expandir sem desmatar novas áreas.
 
No mercado global competitivo, as questões sanitárias, humanitárias e de meio ambiente tem recebido crescente atenção e preocupação por parte dos consumidores de commodities (por exemplo soja, carne, cacau, palma, papel e celulose). Tais questões envolvem os mais distintos critérios, desde o cumprimento da legislação, até aspectos discricionários e supralegais como bem-estar animal, percentual de proteína, qualidade do produto, emissões de gases de efeito estufa e desmatamento. A TNC entende que é uma opção dos elos da cadeia produtiva a decisão sobre as características de qualidade, forma de produção (com ou sem desmatamento) e origem dos produtos que adquirem.
 
O fim da Moratória da Soja não significaria o aumento da expansão, mas sim aumento do desmatamento na floresta. Na visão da TNC, o momento é de fortalecer ainda mais o acordo, buscando alternativas em plataformas e iniciativas multi-stakeholders que conciliem produção, intensificação da produção e conservação da Amazônia.