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Fórum Mundial de Bioeconomia reúne discussões sobre o futuro da economia da floresta

Durante o evento, a TNC lançou estudo inédito sobre a bioeconomia da sociobiodiversidade no Pará.

Entre os dias 18 e 20 de outubro aconteceu o Fórum Mundial de Bioeconomia, em Belém, Pará. Esta foi a primeira edição do Fórum realizada fora da Europa, e reuniu governos, empresas e representantes da sociedade civil e comunidades tradicionais para discutir as atividades econômicas baseadas na utilização de produtos de origem biológicas.

No Brasil e na Amazônia, considerando a riqueza de biodiversidade e diversidade social e cultural, a bioeconomia é uma oportunidade para incentivar modelos de produção que possam contribuir para a conservação e restauração da floresta de forma inclusiva, garantindo geração de renda para as comunidades que vivem nas florestas e desenvolvem atividades econômicas de uso sustentável dos recursos naturais.

Para José Otávio Passos, Diretor da TNC Brasil no Pará, o Fórum foi um espaço para fortalecer laços entre os diversos setores para avançar em parcerias pela proteção da natureza. “O interesse que a gente tem visto da sociedade civil, do governo e das empresas privadas tem sido muito interessante e um prenuncio de como a gente vê para a colaboração desses setores para conseguir conservar a Amazônia, afirmou José Otávio.

Durante a programação, em um painel liderado pela TNC, foi lançado o estudo “Bioeconomia da Sociobiodiversidade no Estado do Pará”, uma análise inédita e detalhada sobre os produtos da bioeconomia paraense e o quanto eles têm movimentado a bioeconomia. A avaliação detectou que estes mercados movimentam um valor três vezes maior do que o documentado em registros oficiais, incluindo a cadeia que vai da produção até o beneficiamento e comercialização, tendo um potencial de geração de renda de mais de R$170 bilhões em 2040.

Representantes de povos indígenas e comunidades tradicionais também realizaram um evento paralelo, o Encontro Amazônico da Sociobiodiversidade. Com presença de representantes de Povos Indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhos, o evento teve uma programação que discutiu a importância da inclusão das comunidades tradicionais em discussões sobre a economia da floresta, reforçando a contribuição dessas comunidades para proteção da natureza e a necessidade de apoio para as atividades de uso sustentável desenvolvidas por elas.