COP16: Saiba mais sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade

Reunidos em uma das paisagens mais biodiversas do planeta, governos, líderes indígenas, a comunidade empresarial e a sociedade civil discutirão os desafios e oportunidades que enfrentamos para reverter a perda de habitats, proteger espécies ameaçadas e preservar os ecossistemas dos quais toda a vida depende.

As apostas não poderiam ser maiores. O objetivo é transformar os compromissos do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal de 2022 em planos de ação. Implementar o Marco Global exige cooperação global, reconhecendo o papel crítico da biodiversidade em nossa economia, segurança alimentar, estabilidade climática e saúde de todos. Em última análise, as decisões tomadas na COP16 moldarão o futuro do nosso planeta.

Nossos objetivos para as decisões na COP16

A TNC estará em Cali defendendo três medidas transformadoras:

Implementar o Marco Global de Biodiversidade e definir responsabilidades

O objetivo fundamental na CBD COP16 é que as partes desenvolvam um plano para implementar o Marco Global de Biodiversidade. A COP15 focou em definir metas para proteger a natureza, já a COP16 é sobre concordar com um plano concreto para realmente alcançar essas metas. O Marco Global trata de transformar fundamentalmente como os países operam, responsabilizando o mundo pela proteção da natureza. Para que este plano seja bem-sucedido, ele deve incluir mecanismos robustos de monitoramento e responsabilidade, garantir recursos financeiros adequados, integrar conhecimentos locais e indígenas, e harmonizar a conservação com o crescimento econômico.

Integrar a biodiversidade nos setores de alimentos, energia e finanças

A TNC está trabalhando em estreita colaboração com parceiros para garantir que a integração da biodiversidade permaneça um componente forte do quadro final. Integrar as metas de biodiversidade no Marco Global garante que a natureza seja considerada e protegida em todos os setores, incluindo alimentos, energia e finanças. Alcançar as metas de integração é crucial para valorizar a biodiversidade, mas também são algumas das metas mais desafiadoras para os governos abordarem. Integrar a biodiversidade requer alinhar os fluxos financeiros com os objetivos de biodiversidade, estabelecer estruturas de governança eficazes e envolver diversas partes interessadas, incluindo comunidades indígenas e o setor privado. Não será fácil, mas para ter sucesso, a natureza deve ser integrada em todos os aspectos de nossas vidas.

Investir na natureza para uma conservação equitativa

Cumprir as metas financeiras do Marco Global é essencial para alcançar qualquer uma das outras metas. Embora o mundo tenha feito avanços incríveis no desenvolvimento de soluções inovadoras para financiar a natureza, ainda lutamos para levar dinheiro aos países que mais precisam. Na COP16, os líderes mundiais têm a chance de simplificar e agilizar o acesso aos recursos financeiros para países em desenvolvimento, povos indígenas e comunidades locais, garantindo um investimento verdadeiramente global na natureza, onde todos possam alcançar metas de conservação de forma equitativa.

Colômbia: Um paraíso para a biodiversidade

A realização da COP16 na Colômbia enfatiza a importância estratégica e a riqueza natural do país. Com mais de 67 mil espécies de plantas e animais, a Colômbia é o terceiro país mais biodiverso do mundo.

No entanto, muitas das regiões mais biodiversas da Colômbia carecem de proteções formais ou estão em risco devido às mudanças climáticas. A TNC tem trabalhado com parceiros locais para proteger a paisagem icônica da Colômbia, incluindo a criação do Parque Nacional Natural Serranía de Manacacías, que cobre 68 mil hectares e conecta as florestas da Amazônia com as de Orinoquia, a maior savana tropical do mundo.

Lar de 40% das espécies existentes no mundo, a segunda maior barreira de corais e mais de 1/3 dos recursos de água doce, incluindo as bacias do Amazonas e do Orinoco, as duas mais biodiversas do planeta, a América Latina é uma fonte vital de recursos naturais do mundo. Mas também enfrenta grandes desafios para deter a perda de biodiversidade e enfrentar os impactos da crise climática.