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TNC participa de evento sobre o futuro da Restauração Florestal no Brasil 

Durante cinco dias, especialistas de todo país participam de atividades que vão discutir os desafios e inovações para ampliar a restauração no país.

Pessoas trabalhando na manutenção de área de restauração.
RESTAURAÇÃO FLORESTAL Equipe trabalhando na manutenção de área de plantio para restauração de área degradada em Salesópolis-SP. © Felipe Fittipaldi

De 28/11 a 2/12, cerca de 2000 profissionais e estudantes estarão reunidos em Vitória (ES) para a IV Conferência Brasileira de Restauração Ecológica, realizada pela Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE), com apoio da TNC Brasil.

O tema deste ano é Restauração Multifuncional e Mudanças Climáticas e vai debater os gargalos e caminhos das atividades de restauro florestal no Brasil e o seu papel – crucial – no combate e mitigação das mudanças climáticas.

Para tanto, serão cinco dias de intensas atividades que incluem plenárias com pesquisadores, workshops e palestras, minicursos, apresentação de trabalhos de pesquisa e visitas a campo. A ideia é trocar experiências sobre estratégias possíveis para superar barreiras e ganhar escala na restauração.

Entre as palestras conduzidas pela TNC estão a que vão abordar as experiências e aprendizados sobre regeneração natural assistida, conduzida pelo especialista em Restauração, Julio Tymus, e a sobre o papel da sociedade civil na década da restauração, realizada pelo líder da Estratégia de Restauração Florestal para América Latina, Rubens Benini.

“Temos no Brasil uma oportunidade de acelerar essa importante agenda de Restauração, para que os imóveis rurais cumpram a legislação florestal, ao mesmo tempo em que garantem os serviços ambientais essenciais para a manutenção da vida, como a produção de água, a manutenção da biodiversidade e o combate às mudanças climáticas”, destaca Benini.

Restauração

A restauração de ecossistemas é vital para reduzir ou reverter os impactos causados pelo ser humano ao meio ambiente, já que pode gerar diversos benefícios, como mitigação das mudanças climáticas, conservação da biodiversidade, provisão de serviços ecossistêmicos e melhoria da qualidade de vida da sociedade.

Não à toa, a ONU instituiu essa como a Década de Restauração de Ecossistemas, cujo o objetivo é justamente deter a degradação dos ecossistemas e restaurá-los, pois, somente com ecossistemas saudáveis é possível melhorar a subsistência das pessoas, combater as mudanças climáticas e deter o colapso da biodiversidade.

Vale lembrar, que além dos ganhos ambientais, a restauração florestal tem um potencial de geração de empregos importante. Segundo o estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE), Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, Aliança Pela Restauração na Amazônia e Coalizão Brasil, Clima, Floresta e Agricultura, com apoio de importantes instituições da agenda de restauração do Brasil, como a TNC e World Resources Institute (WRI). No Brasil, a restauração florestal ativa tem capacidade de gerar um emprego a cada dois hectares restaurados.